domingo, 10 de novembro de 2013

ROMA

    
Coliseu
   
     Você já deve ter ouvido o ditado "quem tem boca vai a Roma", mas na real o correto é "quem tem boca VAIA Roma". A origem é política e a ideia era vaiar o governo romano. Certo é que não tem como vaiar a cidade de Roma. Apesar do caos instalado no trânsito e na quantidade de turistas existentes na cidade, o que torna quase impossível tirar uma foto no Coliseu e na Fontana de Trevi sem aparecer outro ser na sua foto, Roma é uma cidade impressionante.
   







     A cada passo dado você verá uma obra de arte a céu aberto. Adquirimos o Roma Pass de três dias (34 euros), que dava direito ao transporte público (metrô e ônibus) e visita a dois lugares (menos Vaticano), com desconto para outras atrações. Na realidade se você estiver em condições, poderá andar a pé e visitar quase todos os lugares, mas você andará muito mesmo. Nesse caso não precisará adquirir o Roma Pass, mas recomendo. Utilizamos várias vezes o transporte público.
    Em Roma decidimos alugar um apartamento pelo site do Windu, já que era mais em conta do que hotel e iríamos ficar por 5 noites. Chegamos de trem perto do meio dia e pegamos um taxi, pois estava chovendo muito. Foi difícil encontrar o endereço, pois era numa rua que não passava carro. Depois de dar várias voltas na quadra olhamos para o lado e lá estava ela: a Fontana di Trevi. Nem demos muita bola, pois passaríamos todos os dias por ela já que o apartamento era quase do lado mesmo. Ligamos para o responsável e uns 15 minutos depois ele chegou para abrir a porta. Quando vi o apartamento achei que ia ter um troço. Sou um pouco claustrofóbica e havia apenas uma minúscula janela aberta em todo o apartamento. O banheiro era num porão praticamente. Show de horror. Todo mundo diz que Roma foi o pior lugar de hospedagem na Itália e no nosso caso também. As fotos do site do apê nos enganaram bonito. Depois de ficar um tempo fora do apartamento e mentalizar que não ia morrer por falta de ar, deitei para assistir TV no andar de baixo, enquanto as gurias estavam no mezanino. Foi quando tudo aconteceu. Ouvi um estouro absurdo e corri para ver o que era. Entre a sala e o banheiro tinha um corredor com um fogão e uma mini geladeira. Quando vi a boca do fogão estava pulando e um barulho de gás. O que pensei na hora: "sem ventilação  o lugar explodir". Foi quando caiu a luz e ficamos no mais completo escuro. Gritei para as gurias "DESCE QUE VAI EXPLODIR". As gurias desceram correndo e só pensei em pegar o passaporte e sair correndo. A Sabrina queria pegar a mala e eu dizia "pega os documentos e sai". Foi quando ela saiu correndo e pediu ajuda para um cara que estava parado na frente do prédio. Nessa hora nenhuma de nós falava uma palavra, seja em inglês, português ou italiano. Pedimos para o cara  ligar pro responsável do apê e explicar o que estava acontecendo. Depois de muito caos e de várias pessoas do prédio descerem pra saber o que estava acontecendo (já que foi desligada a água do prédio todo...pense em vários italianos falando ao mesmo tempo), um morador resolveu entrar no apê para saber o que tinha acontecido. Entrei junto para ajudá-lo. Quando vi estava agarrada no quadril de um completo desconhecido para que ele se esticasse e pudesse ver o que era (a "cozinha" estava num nível mais baixo). Foi quando descobrimos que tinha rompido o boiler e o apê estava alagando. A corretora disse que iria arrumar o boiler e no outro dia poderíamos voltar pra lá. E eu só conseguia dizer "paúra, paúra, não voltamos pra cá nem mortas". Depois de ver nosso desespero, ela devolveu todo o dinheiro que tínhamos pago e nos arrumou um hotel. Pagamos a diferença e chegamos ao paraíso. De fato, o hotel era bem bom (considerando os parâmetros de Roma, claro) e por isso vou indicá-lo (www.hotelamalfiroma.it). Às vezes o barato sai caro. Depois do susto e devidamente instaladas no hotel, começamos a rir sem parar. São estas histórias de viagem que nunca esqueceremos.
    No outro dia o plano era ir ao Vaticano, pois era o dia em que o Papa rezaria a missa (quarta-feira), mas acordamos muito cansadas e deixamos para ir na quinta. Então fomos desbravar a cidade.
  
   


     Na minha opinião a igreja mais bonita de Roma, que tem muitas, é a Santa Maria Maggiore, que ficava quase em frente ao nosso novo hotel. Não deixe de conhecer.  
   







     Meus lugares preferidos em Roma foram:

-  o Museu Nacional Romano (Palazzo Massimo, que abriga um dos mais completos conjuntos de arte da antiga Roma, dentre as quais a escultura Discóbolo Lancelotti, aquela que virou símbolo dos jogos)

Afrodite

Discóbolo Lancelotti



- a Fontana Quattro Fiumi, na Piazza Navona,





- o  Monumento Nazionale a Vittorio Emanuele II, na Piazza Venezia




- o Coliseu
 




    Também conhecemos a Villa Borghese, um bom lugar para fugir do barulho das ruas, pois é um grande parque com lindos jardins, o Pantheon, a Piazza Del Papolo, o Castelo de Santo Ângelo, a Piazza Del Spagna e o Palatino.

Villa Borghese


Pantheon

interior do Pantheon

Palatino
 

Palatino


Castelo de Santo Ângelo
 







      Com certeza os lugares mais lotados que a gente enfrentou foram o Coliseu, a Fontana di Trevi e o Vaticano. Muita gente mesmo, então prepare-se. Na Fontana di Trevi parecia que estávamos em uma gincana, em que o prêmio seria para aquele que conseguisse fotografar só a Fontana, sem nenhuma outra pessoa. Conseguir enquadrar a sua própria pessoa sem mais ninguém então seria o auge. É um empurra-empurra, espera, faz cara feia quando alguém se intromete indevidamente na sua foto. Santa paciência. Ah e ainda você tem que atirar uma moeda, ou melhor, duas, para que seu desejo seja atendido, já que a primeira é necessariamente para que você volte a Roma. Acho que vale a pena acordar lá pelas 6h para tentar fotografar sem mais ninguém por lá.


    No Coliseu foi outro sufoco, afinal é a atração turística mais famosa, sem dúvida. E ainda tivemos a companhia do guarda-chuva durante o percurso, pois garoava sem parar. Para tirar fotos foi outra maratona.  
     Roma, que não estava incluída nos meus planos originais, e, graças as minha amigas, tive a oportunidade de conhecer, é uma cidade encantadora e merece só elogios (tirando os romanos que, de um modo geral, são um pouco grosseiros, com exceção dos que nos ajudaram no dia da função do apartamento).
     Chegou ao final nossa incrível viagem que durou vinte dias. Cada vez mais percebo que é viajando que adquirimos cultura e percebemos que somos pequenos diante desse mundão e temos muito que aprender. Eu, como uma viciada assumida em viajar, voltei um pouco triste por ter acabado, mas feliz porque na semana da volta receberia meu primeiro prêmio fotográfico no 9º Concurso Fotográfico do Sintrajufe. Vale a pena investir no que gostamos de fazer. Agora é só pensar no próximo destino. SEMPRE! Ô vício!

Assoviando em aeroporto: Over the Rainbow  What a wonderful World IZ, Israel Kamakawiwo`Ole
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
  
     
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário